Header Ads

Caros, improdutivos e desconectados: políticos andam distante do povo




Deputados e Senadores produzem, em média, 70 dias por ano e custam R$ 28 milhões por dia



Estamos em eterna construção. Reflexão e autocrítica são fundamentais no processo de amadurecimento. Esse exercício nem sempre recebe a atenção devida, o que é uma pena. Em se tratando de política, então, é até um crime.
Pesquisa de 2018 do Data Folha mostrou que 68% dos eleitores não confiavam nos partidos políticos. Há uma crise de representatividade que denuncia um sistema com sérias fraturas em sua fundação.
Antes fosse só a corrupção. Mas há um cenário repleto de incertezas puxado pela recuperação capenga da economia (o primeiro trimestre de 2019 mostrou que houve retração de 0,2% do PIB), pelo avanço da violência, pela paralisia do Congresso e indisposição desse mesmo Congresso para mudanças estruturantes. A máquina pública é inchada, cara e não dá o resultado que se espera dela.
Em um ano, deputados federais e senadores têm de oito a dez semanas produtivas. O levantamento é da Associação Contas Abertas que botou as despesas dessa turma na ponta do lápis e chegou a um número impressionante: Câmara Federal e Senado custam R$ 28 milhões de reais por dia.
Isso causa um mal-estar geral na população que continua a ser ignorada pelos que estão no poder. Em linhas gerais, faltam conexão e compreensão em torno do que é prioridade para o povo. O resultado disso é o afastamento certo. E quanto maior o distanciamento entre um e outro, mais difícil um remédio que anule seus efeitos.
Lembro desse debate nas eleições passadas. Certa vez, em entrevista à Band News FM Manaíra, o tucano Pedro Cunha Lima (PSDB) abordou o tema e criticou os pré-candidatos à presidência. Deputado federal reeleito, Pedro não poupou sequer o companheiro de Partido, Geraldo Alckmin: “ninguém conseguiu compreender os anseios da sociedade nem perceber o que o Brasil está vivendo”, disse. Ele cobrou um posicionamento claro e radical desses personagens sobre o corte de despesas e a adoção de um orçamento mais curto a partir de 2019.
É dessa reflexão que falo. E dessa autocrítica. Partidos e candidatos – políticos em geral – precisam reavaliar seus posicionamentos a fim de retomar o fio da relação com a população para evitar que as eleições 2020 sejam um grande fiasco nas urnas. Isso, se houver eleição no ano que vem. Há uma proposta de unificação para 2022, mas esse é papo para outra conversa.

Por Rejane Negreiros.
Acessem: 
https://www.op9.com.br/blogs/papo-cabeca

O melhor blog sobre o cenário político na Paraíba


Tecnologia do Blogger.